domingo, 28 de agosto de 2011

Conhecendo melhor Morretes e a Graciosa ( Paraná - Brasil )


  
           Já estivemos  algumas vezes em Morretes. Uma vez fomos com nosso filho e nossa nora, quando alugaram um carro para conhecer alguns lugares nas proximidades de Curitiba. Uma outra vez fomos com um casal amigo que foi nos mostrar algumas praias do Paraná.Estas duas vezes fomos de carro .
        Uma vez, eu, meu marido, minha mãe e minha irmã resolvemos fazer o passeio de trem até Morretes.  Acordamos cedo e fomos para a Estação Rodoferroviária.  Compramos os bilhetes para ida e volta no final da tarde. Antes de embarcarmos  fomos abordados por um motorista de uma van que faz este percurso. Eles disse que nos deveríamos ir de trem e voltar de van pela estrada da Graciosa. Dissemos que já tínhamos comprados os bilhetes de retorno. Ele respondeu que ficava com os bilhetes e nos só pagaríamos a diferença. Quando estávamos negociando apareceu um outro motorista de van dizendo que ele não era autorizado a fazer essas negociações e que  ele não era cadastrado e era perigoso voltar com ele. Deixamos os dois se entenderem e saímos . Fomos para o trem que já estava quase na hora da partida.
        A viagem é muito boa e a paisagem espetacular. Dentro do trem tem uma guia que vai contando toda a história da construção da estrada. A duração da viagem é de mais ou menos 3 horas.
       A ferrovia Curitiba Paranaguá atravessa 13 túneis e 30 pontes. Em boa  parte do trajeto a linha adere a uma inclinada encosta, de onde, em dias claros, se vislumbra maravilhosas vistas da floresta virgem até o litoral.

                                             Parada do trem em uma estação antiga


                        A chegada do trem em Morretes é uma festa. Vendem doces de todos os tipo, principalmente umas bananinhas sequinhas passado no açúcar com canela . Logo que saltamos do trem e fizemos nossas compras fomos para apracinha. Olha quem encontramos! O mesmo motorista que tinha discutido com o colega da van. Ele disse que ele era  cadastrado e autorizado a fazer esses passeios. Terminou nos convencendo a não voltar no trem e  irmos a Antonina, pararmos em um restaurante para o almoço e por fim voltar para Curitiba pela Graciosa. Disse que ficaria com a nossa passagem e pagaríamos a diferença.Combinamos tudo e fomos com ele. Demos uma volta  em Antonina e depois voltamos para almoçar em Morretes. Claro, que almoçamos o famosa Barreado. Eu em especial, gosto muito.Um garçom do restaurante mostra como se prepara o pirão com o caldo do barreado e fez uma demonstração que ele não cai depois de bem amassado no prato.

          Barreado- Nas cidades costeiras do Paraná, o barreado faz parte do cardápio da maioria dos restaurantes. Hoje disponível o ano todo, o barreado, considerado prato de pobre, costumava ser comido no  Carnaval. É um prato que pode fornecer comida para vários dias e requer pouca atenção em seu preparo. É feito de carne, bacon, tomate, cebola, cominho e outras especiarias. Tradicionalmente, esses ingredientes são dispostos em camadas num panelão de barro, coberto e depois vedado com pasta de cinzas e farinha de mandioca , antes de ser cozido num forno de lenha por até 15 horas. Hoje, usa-se também panelas de pressão e fogões a gás ou elétricos.O prato é servido com farinha, espalhada sobre o prato; a carne e o molho vão por cima, e acompanham fatias de banana e laranja.
       Quando terminamos de almoçar fomos passear pela cidade, até   a hora que fomos chamados   pelo motorista. A nossa volta começava pela Estrada da Graciosa . Ela foi concluída em 1873. É muito alta  e chama a atenção pois vemos sempre o topo das árvores em vez da raiz.  O motorista  tem que ser muito bom e os freios devem estar em ordem.

         A  Estrada da Graciosa teve sua construção iniciada no governo do Presidente da Província Zacarias de Goes e Vasconcelos, não sabendo-se exatamente quando foram concluídas suas obras. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873. Partindo da BR 116, a 37 km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a ponte de ferro sobre o Rio Mãe Catira e o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas, em cuja alusão foi construído em 1997 o Portal da Graciosa, projeto do arquiteto Angel Bernal, executado em pedra e madeira.


        O motorista faz uma parada para admirarmos  a paisagem e comprarmos estas deliciosas guloseimas.O medo da altura é recompensado pela linda  paisagem.Chegamos em Curitiba já escurecendo. Pegamos um táxi e fomos  para o hotel.

   
       Serra da Graciosa-a cadeia de montanha que separa a costa do Paraná do seu interior é conhecida como serra do Mar. Sua extensão sul, a Serra  da Graciosa, é uma das maiores áreas remanescentes da Mata Atlântica no sul do Brasil. A serra tem rica flora e fauna,abrangendo variedades de terras baixas subtropicais e da floresta densa. A estrada e a ferrovia que ligam Morretes a Curitiba são feitos impressionantes  da engenharia do século XIX, ziguezagueando por uma das mais espetaculares áreas do país. A região costuma ficar coberta por névoa, resultante do ar frio do planalto em contato com o ar quente do costa subtropical. Essa precipitação faz vicejar ainda mais a floresta.











         Rio Nhundiaquara-em língua indígena nhundi ( peixe ) e quara ( buraco ), o rio serviu como primeira via natural de penetração, ligando o litoral ao planalto.Anteriormente denominado " Cubatão" era um dos mais auríferos da região, contribuindo economicamente para o desenvolvimento da mesma. Uma das mais belas e típicas paisagens morreteanas é a do rio cortando a cidade formando um conjunto com as árvores e edificações existentes em suas margens.









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